domingo, 18 de março de 2012

Ônibus

Entro no ônibus e sento naquelas cadeiras "solitárias". Encosto minha cabeça na janela, sinto o vento no rosto, meus cachos balançam, observo o céu. Amo quando estou sentada na janela e o dia está frio, e o cheiro do ar muda anunciando a chuva que vem, amo a paz que sinto nesse momento... 
É uma coisa tão trivial e ao mesmo tempo tão curiosa... E nessa hora um "tio" entra no ônibus e esbarra em mim. Me faz lembrar que estou em pé, no meio de um ônibus lotado, sem nenhuma "cadeira solitária" para sentar, sem janela para encostar a minha cabeça e com um sol escaldante lá fora.

Continuo me segurando fortemente aos ferros para não ser arremessada ao para-brisa por causa das freagens bruscas que o motorista dá. Tento não me concentrar no fato de que nos momentos das freagens, sempre tem alguém que grita para o motorista: "Você está levando pessoas! Não somos bois não, seu féla da puta!"
Tento apenas voltar a pensar na paz que sinto quando a chuva vai começar a cair, em como não vou fechar a janela e vou adorar sentir os pinguinhos iniciais batendo no meu rosto. Ahhh, como eu AMO a chuva.
Então eu lembro de como gosto de andar sem nenhuma preocupação pela rua enquanto a chuva cai, de como me sinto renovada depois de um banho de chuva e de como tenho a sensação de que tudo fica mais puro.
E nesse momento "o tio", o mesmo que entrou no ônibus e esbarrou em mim, se posiciona de costas para as minhas costas e "cola" a bunda dele na minha.

"Ôpa... Que estranho... Mas o ônibus está lotado, e poderia ser 'pior', né?"
Resolvi "separar" as minhas costas da dele, e ele novamente veio e colocou a bunda dele totalmente encostada na minha.
"Talvez ele precise de mais espaço..."
Me afastei novamente, e mais um vez ele encostou a bunda na minha. Me afastei pela terceira vez, e, batata!, lá vem ele e sua bunda maldita.
Fiquei na dúvida... Não sabia se virava e dizia "Como assim, tio? Bundinha com bundinha, assim, logo de cara? Sem nem chamar para um jantarzinho antes??" ou se dava uma cotovelada nas costelas do infeliz para me livrar daquele "acocho romântico" às 7h.
Pelo sim, pelo não, resolvi que inicialmente iria me virar e pedir um pouco de espaço para a minha bunda respirar. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk Caso isso não resolvesse, iria ter confusão.


Botei minha melhor cara de "Paola Bracho brava por ter levado uma topada" e me virei. Quando ia abrir minha boca, o tio se mandou para o fundo do ônibus. ALELUIA!

Nem ligo de usar o transporte público, até gosto, na verdade. É interessante conseguir observar as pessoas. O que não gosto é de transporte público lotado e dessas pessoas sem noção. Um negrão musculoso ninguém quer acochar, né? 



*Para fins de direitos autorais, declaro que imagens usadas no post foram retiradas da internet e os autores não foram identificados.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Pra não dizerem que não falei das dores


Primeiro de tudo: EU acho que NÃO SOU LOUCA. Ao menos, não com laudo médico. Hahahaha. Mas confesso que ri com os comentários do post anterior, principalmente com o segundo.
Basicamente, eu quis dizer que assuntos pessoais, "assuntos de Elayne", não são expostos aqui no blog. O foco aqui é a diversão. Não importa o quanto eu queira compartilhar as coisas que permeiam o fundo da minha mente, tenho que "controlar" meus dedos.
Por exemplo, eu já tinha dito para Ricky que não ia publicar tal texto, mas resolvi postar para vocês não terem dúvidas sobre como eu realmente sou ridiculamente romântica e nunca mais precisemos falar sobre as diferenças entre Lay e Elayne, certo?
Texto que estava no limbo do meu computador e foi escrito há um ano atrás por uma "tal Elayne" podre de amor não correspondido:

Aquela velha história do “tão perto e ao mesmo tempo tão longe” é deprimente. Deprimente e real.
Você fica ali - perto daquela pessoa que te faz conseguir ouvir seu coração batendo -, esperando que o sentimento passe, esperando se sentir mais confortável com o passar dos dias até esquecer completamente o quanto está apaixonada; mas a cada dia aquilo vai tomando conta de você.
Antes o que chamava a sua atenção eram coisas que todo mundo via: o sorriso encantador, a altura, a forma como mexe no cabelo, o jeito de andar.
Até aí, tudo bem, mas preocupe-se quando começar a perceber coisas que ninguém mais nota: o jeito como a pessoa fica quando está constrangida, o movimento que faz com a cabeça quando acha algo engraçado mas não quer demonstrar, o jeito que te olha quando está tentando descobrir – ou encobrir –  algo.
Conhecer tão bem uma pessoa e não tê-la por perto é doloroso; pode ser necessário e até benéfico a longo prazo, mas é doloroso. Saber que esse alguém tem um outro alguém é difícil; faz o que seria convertido em choro se transformar em dor física, faz parecer que você passou horas levando uma surra daquelas.
Aquele alguém que antes era o motivo do seu coração bater tão rápido - como se fosse parar a qualquer minuto - se torna a razão pela qual você não consegue respirar com a simples ideia de perder

Ao final, o texto não tem ponto final nem vírgula justamente por estar inacabado.
Dá pra acreditar que ainda ia sair mais alguma coisa daí? Pois é, ia!
Graças a Deus, não lembro o que ia escrever mas fico feliz por algo ter interrompido o meu raciocínio.
Em fim, quem escreveu não fui eu; a autora disso foi minha melhor metade: Elayne. Isso, Elayne, me mate de vergonha.

Mudando drasticamente de assunto: lembram que falei que fui picada pelo aedes aegypti?
Todo mundo falou pra eu ficar tranquila, que o mosquito precisa estar infectado... Bla bla bla...?
Pois é, meus caros, o meu mosquitinho estava premiado. Se fosse o mosquitinho da "Forbes" que indicasse os próximos bilionários da década, ele passaria direto por mim. Mas como era o mosquito da dengue - E INFECTADO! - claro que ele tinha que me escolher. Está vendo? E eu dizendo que ninguém me quer...
"Mulher de pouca fé"... O mosquito me quis.

*Para fins de direitos autorais, declaro que imagens usadas no post foram retiradas da internet e os autores não foram identificados.
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